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Como é o manejo do cardápio da pacientes com DIIs?
26/05/2025A nutrição desempenha papel essencial no manejo das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. Durante os períodos de crise, sintomas como diarreia intensa, dor abdominal, náuseas, vômitos, perda de apetite e fadiga dificultam a absorção de nutrientes, podendo levar à desnutrição e desidratação.
Além disso, muitos pacientes reduzem intencionalmente a ingestão alimentar para evitar a necessidade frequente de evacuação, o que agrava ainda mais o déficit nutricional. Em casos de estenose entérica — estreitamento do intestino por inflamação ou tecido cicatricial — dietas com baixo teor de fibra ou até mesmo dietas líquidas são indicadas para facilitar a digestão e reduzir sintomas.
Cada paciente com DII responde de maneira única aos alimentos. Por isso, a identificação dos alimentos que agravam os sintomas é essencial. Manter um diário alimentar pode ajudar a mapear essas reações e orientar ajustes na dieta.
Recentemente, estudos reforçam que a dieta pode ser usada estrategicamente para reduzir inflamação intestinal. Em protocolos modernos, inicia-se com uma fase de 6 semanas com exclusão de alimentos pró-inflamatórios (ricos em açúcar, gordura e fibras insolúveis), seguida de uma reintrodução gradual e controlada de itens como glúten, carne vermelha, feijão e óleo de peixe.
Com orientação especializada, é possível aliviar os sintomas, evitar carências nutricionais e promover mais qualidade de vida. A nutrição não cura a DII, mas é uma aliada indispensável no tratamento.
FONTE: ABCD
Esadi - Espaço de Saúde do Aparelho Digestivo
Diretor Técnico Dr. Pedro Eduardo Soares e Silva
CRM 13806 SC - Endoscopia Digestiva RQE 14487
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