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Intolerância à lactose e alergia ao leite: tem difereça?

17/07/2023

Apesar de a intolerância à lactose e a alergia ao leite parecerem semelhantes em alguns aspectos dos seus sintomas, os motivadores por trás do seu desenvolvimento são bem diferentes. Entre os sintomas em comum que possuem estão: diarreia, distensão abdominal, gases e fezes explosivas.

Deve-se lembrar que as alergias são mais comuns na infância, enquanto que intolerâncias geralmente se manifestam em crianças maiores e adultos. Além disso, enquanto o intolerante pode consumir derivados de leite em quantidades pequenas sem apresentar reações, dependendo do caso, o alérgico a leite deve ter sua dieta isenta de toda e qualquer proteína do alimento.

A alergia ao leite envolve mecanismos imunológicos contra as proteínas do leite, como a caseína, a alfa-lactoalbumina e a beta-lactoglobulina. Já a intolerância é um processo secundário à deficiência da enzima responsável pela digestão do principal açúcar do leite, a lactose.

LACTOSE

É um tipo de açúcar encontrado no leite e não é desencadeadora de alergias, mas sim de intolerância. Os sintomas da intolerância à lactose são dores abdominais, diarreia, gases e abdômen distendido. A maioria dos pacientes pode ingerir alimentos que contenham proteínas do leite, mas as quantidades devem ser reduzidas de lactose. Mas permanecerá com a intolerância até o final da vida.

A má absorção ou má digestão de lactose é a diminuição na capacidade de hidrolisar a lactose, que é resultante da hipolactasia. A hipolactasia significa diminuição da atividade de enzima lactase na mucosa do intestino delgado.

β-LACTOGLOBULINA, α-LACTOALBUMINA E CASEÍNA

São as proteínas do leite as desencadeadoras de alergias. O leite é composto por mais de 40 proteínas e todas elas podem ser potencialmente alergênicas. As três principais proteínas alergênicas conhecidas são a β-lactoglobulina (que não existe no leite humano), a α-lactoalbumina e a caseína.

Os sintomas da alergia ao leite podem ser diversos:
– Placas vermelhas pelo corpo;
– Coceira;
– Inchaço dos lábios e dos olhos;
– Vômitos em jato e/ou diarreia;
– Anafilaxia, considerada a reação mais grave.

No caso da alergia, costuma ser desencadeada ainda primeiro ano de vida, mas pode ser gradativamente controlada e desaparecer, mas depende de cada caso e organismo.

O diagnóstico

Há quatro principais formas de diagnosticar a intolerância à lactose:
- Por biópsia;
- Por teste de tolerância oral com ingestão controlada de lactose;
- Por exame de urina;
- Por teste de excreção de hidrogênio através da respiração após ingestão de lactose.

Já o diagnóstico de alergia alimentar geralmente segue quatro pilares:
- Análise do histórico do paciente;
- Exames laboratoriais;
- Dieta de restrição, para retirar o alimento, avaliar a melhora para depois expor o paciente novamente ao alimento para verificar relação de causa e efeito.
- Teste de provocação oral, que consiste na oferta do alimento em doses regulares, crescentes, sempre sob a supervisão médica. Importante destacar que deve ser feita em ambiente apropriado, uma vez que, nessa, fase, ainda não se compreende as reações que podem haver.

Para o correto diagnóstico, a consulta médica com um especialista é essencial. Converse com seu gastroenterologista e tire todas as suas dúvidas.

Exames podem ser agendados através do telefone: (47) 3222-0432 ou Whatsapp: (47) 99963-3223.

FONTE: Ministério da Saúde; ASBAI; SILVA; COELHO; MATTAR; MAZZO.

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