Março Azul-Marinho: conscientização e prevenção do câncer colorretal

24/03/2022

Segundo dados do INCA (2019), estima-se que no Brasil sejam detectados cerca de 40 mil casos de câncer de cólon e reto anualmente, sendo esse um dos cânceres com maior incidência no Brasil.

Fatores que aumentam o risco

Indivíduos acima de 50 anos se encaixam no perfil de risco, assim como pessoas com histórico familiar de pólipos intestinais adenomatosos. Além disso, pessoas com dieta rica em gorduras, proteínas animais, carboidratos refinados e pobre em fibras, com obesidade ou sobrepeso, também possuem maior risco de desenvolver câncer colorretal.

Como se forma

Os pólipos – lesões benignas comuns no revestimento interno intestinal – são as estruturas com maior chance de evoluírem para um câncer colorretal. Sua detecção e retirada para biópsia acontece em geral via colonoscopia, exame  realizado através de um aparelho, o colonoscópio – tubo longo, fino e flexível que é introduzido no reto.  Além de detectar lesões benignas ou malignas silenciosas, o exame também pode detectar inflamações e úlceras. 

Tumores no cólon esquerdo (descendente) podem ocasionar obstrução mais rapidamente, já que esta parte do intestino possui um diâmetro menor. A obstrução nessa região pode ocasionar cólicas, dores abdominais intensas e constipação.

Já tumores no cólon direito (ascendente) podem demorar mais para causar obstrução, uma vez que este trecho intestinal possui diâmetro maior.

Hemorragia lenta, dores e a sensação de não ter esvaziado completamente após a evacuação são outros sintomas relatados.

Neoplasia de evolução lenta

Segundo estudos da American Cancer Society, passa-se de 10 a 15 anos entre a formação dos pólipos e sua transformação efetiva em câncer colorretal, quando ele então começa a avançar silenciosamente sobre a parede intestinal.

Quando este câncer apresenta sintomas, em geral ele está em estágio avançado. É por essa razão que o exame periódico preventivo de colonoscopia na população mais predisposta ao seu aparecimento é recomendável. Converse com seu gastroenterologista a respeito e mantenha seus exames em dia.

Exames de rastreamento para detecção precoce

Os exames preventivos de rastreamento podem ser divididos em 2 grupos principais:

Testes baseados em fezes: Verifica-se o material coletado em busca de indícios de câncer. São testes menos invasivos, mas que precisam ser feitos com maior frequência.

Exames visuais (estruturais): examinam através de imagens a estrutura do cólon e do reto em busca de áreas anormais.

O diagnóstico de câncer será estabelecido pelo exame histopatológico da amostra tumoral obtida por meio de colonoscopia ou do exame de peça cirúrgica. Além da solicitação de hemograma completo e exame de marcadores tumorais, a colonoscopia costuma ser método preferencial de diagnóstico, pois ela permite o exame de todo o intestino grosso e a remoção para biópsia de pólipos que possam estar localizados fora da área de ressecção da lesão principal.

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